Em 2017 um grupo de pesquisadores vinculados ao Departamento de Processamento de Energia Elétrica da Universidade Federal de Santa Maria uniu-se em torno de um propósito: criar o primeiro instituto de pesquisa da UFSM e aproximar o conhecimento científico da indústria. Assim, surgiu o Instituto de Redes Inteligentes, uma subunidade do Centro de Tecnologia concebido para desenvolver projetos de P&D, prestar serviços tecnológicos especializados e facilitar a interação universidade-empresa.

O estabelecimento do Instituto coincidiu com o início das atividades do projeto “Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Geração Distribuída de Energia Elétrica (INCT-GD). Foi uma proposta apresentada pelo Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica à CHAMADA INCT – MCTI/CNPq/CAPES/FAPs nº 16/2014, voltada para implantação de uma rede de pesquisa na área de geração distribuída de energia elétrica. A proposta obteve recomendação favorável dos órgãos financiadores e teve seu início a partir de 2017, nas dependências do Instituto.

No ano seguinte (2018), nosso Laboratório de Ensaios Fotovoltaicos (LabFV) obteve a aprovação do Inmetro para a realização de testes e ensaios acreditados. Este reconhecimento proporcionou ao Instituto maior credibilidade do mercado e assegurou que os métodos, equipamentos e sistema de gestão do laboratório estavam de acordo com padrões internacionais.

Em 2020 conquistamos o credenciamento como uma Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII) para atuação na área de Recursos Energéticos Distribuídos. Isso nos permitiu, deste então, formalizar parcerias com a indústria nacional para o desenvolvimento de projetos inovadores usufruindo de diversos benefícios – entre eles, aportes de recursos não reembolsáveis.

Em 2023, houve o recredenciamento de nossa Unidade EMBRAPII, momento em que expandimos o escopo de atuação, passando a atuar nas áreas de energia e mobilidade.

Em 2025, reconhecemos a necessidade de uma mudança significativa. As transformações no mercado de energia, os novos direcionamentos da pesquisa em nível nacional e internacional, além da expansão das áreas de atuação de nossos pesquisadores e laboratórios, nos levaram a refletir sobre o futuro do Instituto. A crescente transição das redes elétricas tradicionais para redes baseadas em recursos energéticos distribuídos — uma tendência global impulsionada por esse novo paradigma na cadeia de fornecimento de energia —, somada aos desafios e avanços na área da mobilidade, reforçou a urgência de reposicionarmos nossa identidade. Assim, a partir deste ano, passamos a nos chamar Instituto de Energia e Mobilidade (IEM).